“Não apenas por amor, mas sempre com amor”
Frase que entra facilmente pro hall da fama de clichês da educação e que sempre me causou estranhamento. Ora, não amo sempre todos os estudantes como amo as pessoas que sei que amo. Não sou, então, um bom educador? Não penso que seja o caso.
Amor é, certamente, uma virtude; na educação e fora dela. Pego emprestada a perspectiva de Aristoteles que diz que “as virtudes se encontram no meio do caminho entre dois vícios nos extremos.”. Então, Amor como virtude estaria no meio do caminho entre dois extremos, dois vícios. Quais seriam?
Olha, acredito que esse Amor da educação se contrasta radicalmente com a frieza e rudeza de educadores extremamente rígidos. Não há Amor onde há a falta de respeito e completa falta de afetividade.
Creio que o outro extremo, seu oposto, seja a leniência e bajulação extremas. Amor e bajulação são claramente coisas diferentes.
Encontramos aí o Amor da educação. O ponto médio entre dois extremos igualmente danosos à educação e a nossos alunos e alunas. Que trabalhemos de forma equidistante à rigidez absoluta e a leniência bajulante.


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